sábado, 26 de novembro de 2011

O que são fábulas?



   Podemos observar que, em algum momento em nosso Blog, foi postada uma fábula. Ao escolher uma fábula entre tantos outros meios de comunicar uma idéia ou sentimento, pensamos que, por este Blog ser destinado a pessoas que se interessam pela educação em geral, sejam estudantes, professores ou pessoas ligadas ao tema, estes tenham interesse por este tipo literário, pois a fábula vem, conforme sabemos, veicular uma norma de conduta para a vida humana que, para expressar suas emoções e sentimentos, contêm um fundo moral para a educação humana e criticam os valores de nossa sociedade. Em outras palavras, a fábula pode ser usada como um instrumento para educar.
Por se tratarem de histórias curtas e que, em sua maioria, os animais são personagens principais, os quais, nestas histórias, sentem, pensam e agem como seres humanos, as fábulas são consideradas ritos de passagem que permitem às crianças a lidarem com o presente, preparando-a para enfrentar a vida e sair para um mundo adulto e real. São, enfim, historias provenientes de vários povos e culturas, transpostas do mundo animal para o humano, fazendo com que as crianças de todo mundo, vençam eventuais barreiras geográficas ou linguísticas.
Enfim, podemos afirmar que as fábulas podem ser usadas com um instrumento educacional e de fácil compreensão e aceitação não só para o trato com as crianças, mas até para com adultos. Estarmos abertos a este tipo de literatura, nos torna mais suceptíveis a compreender nossas emoções e sentimentos, pois espelham nossa essência humana.


Referências:




Por Márcio Luiz Domingues

Aluno do Curso de Pedagogia da UFJF

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Frases de Paulo Freire - Pensar a educação!!!




"Se a educação sozinha não pode tranformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda".

"Educar e educar-se, na prática da liberdade, é tarefa daqueles que pouco sabem - por isto sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais - em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes, transformando seu pensar que nada sabem em saber que pouco sabem, possam igualmente saber mais".

"O mundo não é, o mundo está sendo".

"A leitura do mundo precede a leitura da palavra"

"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda".

"O homem, ser de relações, e não só de contatos, não apenas está no mundo, mas com o mundo"

"É porque eu amo o mundo que luto para que a justiça social venha antes da caridade"

"Somente o homem pode distanciar-se do objeto para admirá-lo"

"Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, as pessoas se libertam em comunhão."

"Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo".

"A educação modela as almas e recria os corações. Ela é a alavanca das mudanças sociais

"Não posso continuar sendo humano se faço desaparecer em mim a esperança"

''Não há saber mais, nem saber menos, há saberes diferentes''

"Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha".

"O tempo que levamos dizendo que para haver alegria na escola é preciso primeiro mudar radicalmente o mundo é o tempo que perdemos para começar a inventar e a viver a alegria".

"...aprender não é um ato findo.Aprender é um exercício constante de renovação..."

"...Inauguram o desamor, não os desamados, mas os que não amam, porque apenas se amam..."

"A amorosidade de que falo, o sonho pelo qual brigo e para cuja realizacao me preparo permanentemente, exigem em mim, na minha experiencia social, outra qualidade: a coragem de lutar ao lado da coragem de AMAR!!!"
"Não é, porém, a esperança um cruzar de braços e esperar. Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança, espero."

"Por isso a alfabetização não pode ser feita de cima para baixo, como uma dádiva ou uma imposição, mas de dentro para fora, pelo próprio analfabeto e apenas com a colaboração do educador"."Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo; os homens educam-se entre si, mediados pelo mundo".

"A teoria sem a prática é puro verbalismo inoperante, a prática sem a teoria é um atavismo cego".

"O conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer uma ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica em invenção e em reinvenção".

"Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil. porque estudar pressupõe criar, recriar, e não apenas repetir o que os outros dizem ...""Estudar é um dever revolucionário""A escola sozinha não muda as condicões de injustiças sociais... Resta perguntar: Está fazendo tudo que pode?"

"Não nego a competência, por outro lado, de certos arrogantes,mas lamento neles a ausência de simplicidade que, não diminuindo em nada seu saber, os faria gente melhor. Gente mais gente".
"A educação tem caráter permanente. Não há seres educados e não educados. Estamos todos nos educando".

"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa, por isso aprendemos sempre".

" Não se deve confundir liberdade com libertinagem" .

"Ai de nós, educadores e educadoras, se deixarmos de sonhar sonhos possíveis".

"Educar é educar-se na prática da liberdade, é tarefa daqueles que sabem que pouco sabem - por isso sabem algo e podem assim chegar a saber mais - em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para estes, transformando seu pensar que nada sabem em saber que pouco sabem, possam igualmente saber mais."

"Crescer como Profissional, significa ir localizando- se no tempo e nas circunstâncias em que vivemos,para chegarmos a ser um ser verdadeiramente capaz de criar e transformar a realidade em conjunto com os nossos semelhantes para o alcance de nosso objetivos como profissionais da Educação".

"Se nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte, da eqüidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro caminho senão viver plenamente a nossa opção"...
"O educador se eterniza em cada ser que educa".

"Todo conhecimento é auto-conhecimento" .

"Sem limites, é impossível que a liberdade se torne liberdade e também é impossível para a autoridade realizar sua obrigação, que é precisamente a de estruturar limites"
"O erro na verdade não é ter um certo ponto de vista, mas absolutizá-lo e desconhecer que, mesmo do acerto de seu ponto de vista é possível que a razão ética nem sempre esteja com ele".

"Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade. "

“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa”.
" Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo.A escola em que se pensa, em que se cria, em que se fala, em que se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim a vida"
" É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que num dado momento a tua fala seja a tua prática."

"É preciso ousar, aprender a ousar , para dizer NÃO a burocratização da mente a que nos expomos diariamente" ."É preciso ousar para jamais dicotomizar o cognitivo do emocional.Nao deixe que o medo do difícil paralise você".
"Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção"

"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino"."A educação necessita tanto de formação técnica e científica como de sonhos e utopias".

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentesbrincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.""Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo. Todos educam-se entre si, mediatizados pelo mundo".

Fonte: http://darcleacardoso.blogspot.com/

sábado, 19 de novembro de 2011

A arte de Educar com Amor.

Educar é um ato de amor e, para educar crianças é necessário, sobretudo, amá-las profundamente”.             


                                                                                                       Paulo Freire


   Na sociedade atual, estamos vivendo um momento de profundo egoísmo nas relações humanas. As pessoas estão constantemente em busca de realizações pessoais, sem contar com a presença do outro em suas vidas. Quando este outro é notado, é visto na maioria das vezes, como um obstáculo a ser superado, ou como um degrau a ser ultrapassado para que não impeça a ascenção de cada qual que busca, cada vez mais, ser destaque na sociedade em que vive.
Dentro do campo educacional, não estamos fugindo muito da regra acima. A humanidade está passando por uma crise existencial profunda. Podemos afirmar que muitos profissionais de diversas áreas deixaram de ter na força do seu trabalho, o meio de sua realização como pessoa humana. Foram sucumbidos pelo pensamento dominante do modelo capitalista vigente, venderam o que possuem de mais humano, que é o seu trabalho. Partindo do pensamento de Paulo Freire, que afirma que educar é um ato de amor, poderíamos refazer, como educadores, a forma de pensar vigente e passar a agir de maneira diferente. Utopia? Acreditamos que não. Seria ousar pensar e agir diferente do que a sociedade nos impõe.
Em primeiro lugar, devemos procurar enxergar a escola, como um espaço de crescimento e, poder compreender que, todos os que estão presentes nela, são gente como nós. Saber valorizar o outro, sua individualidade, seu modo de ser. Partir para um trabalho cooperativo, e isso vão fazer com que o ambiente escolar seja prazeroso, interativo e amigável. A partir daí, vamos começar a reaprender a amar nosso trabalho, sentir que a partir desta força, podemos modificar uma parcela da sociedade e começaremos a  nos sentir úteis e motivadores de mudanças sociais relevantes.
Em segundo lugar, buscar praticar o amor. Paulo Freire já nos diz que, para educar as crianças, devemos amá-las profundamente. Trabalhar com educação sem amor é o mesmo que trabalhar em uma padaria sem farinha. Parece uma comparação simplória, mas bem compreensível. Como fazer pão sem farinha? E como educar sem amor? Ambos são impossíveis. Por isso, devemos amar as crianças e todos os que estão conosco neste processo de construção do conhecimento. Trabalhar com amor é uma maneira de ter mais desejo de crescer e ajudar ao outro neste processo. Torna tudo mais leve e mais terno.
Por fim, devemos nos aproximar de sentimentos que elevem nossos pensamentos para a prática do bem. Mesmo em uma sociedade deteriorada pelo egoísmo, através da educação, podemos mudar muitos costumes e influenciar em muitas vidas. Importa saber ouvir e respeitar o outro e expor nosso modo de vida, de forma que estimule o outro a absorver ideais mais nobres.

Por Márcio Luiz Domingues
Aluno de Pedagogia UFJF.



Referências bibliográficas:


ENGUITA, Mariano Fernández. A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo/ trad. Tomaz Tadeu da Silva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Edição 11. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança. 1. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1992.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Edição 12. Rio de Janeiro, Paz e Terra.





sexta-feira, 18 de novembro de 2011

MAIS AMOR, MUITO MAIS AMOR!!!!

Estamos passando por um periodo triste de exclusao digital em minha turma de Pedagogia da UFJF, como resposta a alguns pontos discutidos na sala de aula virtual, escrevi este texto que gostaria de partilhar....

"Hoje eu acordei pra sorrir, mostrar os dentes..." {Charlie Brown Jr}

    No dia a dia pedagógico temos muitas utopias de aprimoramento do ambito escolar. Desejamos um universo mais harmônico, mais cooperativo, mais suave,  mais participativo,  mais didático,  mais democrático.
    Estudamos belas teorias, discutimos novas perspectivas, sonhamos com outras propostas e depositamos fé no que pregamos.
    Entretanto, somos cidadãs inseridas em um contexto sócio-cultural padronizado por atitudes e conceitos que contradizem a utopia de uma sociedade mais humanizada. Aí, minhas colegas, complica...
    Devíamos ir de contra a maré, com força de vontade para impor, ao menos à nós mesmas, estas utopias. Precisamos olhar o outro nos olhos, em busca de sua essência, resgatando o seu melhor, valorizando sua história e seus passos dados no caminho da vida.
    Sabendo que os obstáculos formaram a sua personalidade.
    Nunca julguemos sem conhecer, jamais espere as mesmas respostas de pessoas diferentes, pois como já cantou um amigo narrador: "Cada um é cada um, cada qual é cada qual..." {Jamerson Mancio}
    Troquemos as metodologias.
    Inovemos.
    Ao invés de dizer : "Vai!", pergunte: "Podes ir?".
    Troque a ordem pela co-criação.
    Descubra o que todos (eu disse: TODOS) podem oferecer.
    Respire.

    Vamos todos fazer juntos, juntos!
    We all together!!!

Leila Miana
discente de Pedagogia 1º/2011 UFJF

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O cidadão global e a ecopedagogia

                                                                                   Por: Adelson da Costa Fernando


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

WIKI - Grupo 07

O Suspense no Corredor

 
Depois de tudo aparentemente resolvido, decidi ligar para minha amiga Maria. Tinha certeza que falando com ela, me sentiria mais aliviado. Desabafar agora seria vital. Peguei o telefone e digitei o número dela, torcendo para que atendesse logo:
- Alô! Bom dia!
Respirei aliviado, ela atendeu!
- Bom dia amiga, sou eu! Você não imagina o que me aconteceu agora pela manhã, estou em pânico! Preciso muito, mas muito contar a você, senão vou estourar de tanto nervoso! Tem um tempo aí para me ouvir?
- Claro, claro...Mas me diz, o que aconteceu que deixou você assim neste apavoramento todo?
Comecei a explicar todo desenrolar da trama que terminou por me apavorar tanto. Falei por tanto tempo e por tanto tempo só. Eu não tinha mais respostas. Do outro lado da linha um silêncio total. Minha amiga não mais respondia, o que será que tinha acontecido com ela?
Gritei seu nome em vão, nada modificava a reação do outro lado da linha. Desliguei o telefone e tornei a ligar para sua casa. Ninguém atendeu.
Meu Deus, o que faço agora? Será que está acontecendo com ela o mesmo que se passou comigo? Preciso ir lá! Mas e se for pior, e se for uma armadilha?
Fiquei ali paralisado, sem saber o que fazer. No fundo, tinha esperança de que ela ligaria. Mas nada, siêncio total. Minha cabeça flutuava em mil e um pensamentos. Aquela cena bem na porta da minha casa naquela manhã, não parava de vir em minha mente como um turbilhão. Uma manhã, como qualquer outra, que parecia ser de um dia normal como todos os outros, me trazia uma experiência daquela!
E minha amiga? Por que não ligou mais? Será que ela suspeitou algo de mim? Preciso ligar então...Tenho que ligar!
Será que ela desconfiava das minhas palavras e não queria se envolver? Ou será que ela conspirava contra mim também?
Fiquei tão confuso e estático, como se estivesse aprisionado em uma camisa de força. Precisava fazer algo! Comecei a analisar os dias que passaram e, em especial, aquele dia, atrás de pistas que pudessem me ajudar a resolver aquele enigma.
- Se for uma armação, com certeza descobrirei! Afinal, sou o melhor do ramo, ninguém ousaria brincar comigo assim.
Respirei fundo e refiz meus passos mentalmente. Naquela manha fria tudo aconteceu normalmente, meus afazeres cotidianos não estavam diferenciados: ao abrir os olhos, olhei para o relógio na cabeceira que marcava o mesmo horário de todos os dias. Levantei e fui ao banheiro escovar os dentes e lavar o rosto. A campainha tocou e fui atender, foi quando meu mundo caiu.
Nunca esperei me deparar com uma cena daquela na porta da minha casa. Olhei no corredor e não havia mais ninguém. Quem me deixou aquele "presente" e saiu às pressas? E quem era aquela pessoa? Porque fizeram aquilo com seu rosto?
Liguei para a polícia e relatei o caso. Como sou fornecedor antigo de pistas e suspeitos, a viatura chegou em meu prédio em questão de minutos. Fizeram seu trabalho, algumas perguntas e se foram.
Meu Deus!!!! Será que aquele corpo é de alguém que conheço? Chequei o celular e vi que enquanto dormia, minha amiga Maria tentou me ligar na madrugada. Será que a minha amiga sabe de algo? O medo me proporcionou coragem: vou ligar agora para ela! Atendeu e de repente ficou mudo do outro lado da linha, assim eufórico, liguei novamente...
Nada, ninguém atende do outro lado da linha, vou até a casa dela agora mesmo!!!
Peguei o carro e saí disparado para a casa dela e quando fui me aproximando, notei que as pessoas ao redor transpareciam medo e terror em seus olhos. Será que era na casa da minha amiga? Pisei fundo no acelerador, mas com receio de uma surpresa inesperada.
Parei em uma rua paralela, peguei meu celular e liguei para Maria. Meu coração disparava a cada toque de chamada, esperando que ela atendesse. Mas nada, ela não atendeu. Então, resolvi ligar para uma amiga em comum, que morava no mesmo prédio que Maria e pedi a ela que procurasse saber o que de fato aconteceu com nossa amiga:
- Alô, Lisa Cristina ! Aqui quem fala é André. Tudo bem?
- Ah! Olá André, como vai?
- Nossa, Lisa Cristina estou aqui, quase em frente do seu prédio, tentando ligar para a casa da Maria, para o celular dela, mas nada! Este movimento aí na rua, em frente de sua casa, você sabe o que é?
- Sinceramente, ainda não. Morro de medo de me envolver em confusão, por isso nem cheguei perto da janela. Só sei que está um sobe-desce aqui no andar que moro e tem muita gente entrando e saindo. Agora, parece que a confusão se resumiu na rua.
-Você faria um favor para mim, Lisa Cristina? Teria como você dar um pulinho no apartamento da Maria, ver se ela está em casa, talvez apavorada também, medo de violência, estas coisas...Eu retorno a ligação daqui uns cinco a dez minutos.
- Ok, deixa que vou lá.
Logo após liguei e obtive a resposta de que a vizinha não encontrou minha amiga.
- Na verdade, eu não tive coragem de ir lá. Estou eu mesma apavorada, com muito medo mesmo. Desculpe não poder ajudá-lo. - O que será que aconteceu?
-Eu acho que ela talvez tenha saído, porque faz pouco tempo que liguei e ela atendeu em casa o telefone. Mas ao mesmo tempo, fico imaginando como conseguiu sair, em meio a tanta confusão!
- Ah! André espera! Bateram na porta...
- Espere um minuto.
- Melhor eu voltar para casa, Lisa ligo para você quando chegar lá. Já estou cansado, confuso com tudo isso. Mas de qualquer maneira, devo voltar ainda hoje aí. Um abraço.

WIKI - Grupo 07

A importância da contribuição dos blogs na educação 
Análise de blogs


        No cotidiano que vivemos hoje, as relações sociais (pessoais e profissionais) não se limitam ao presencial, o dia a dia também é vivido no ambiente virtual. Abrimos as portas da nossa vida para um universo infinito de informações e possibilidades através da internet . É preciso saber utilizá-la.
Quanto mais novo o cidadão, mais tecnologias estão a seu dispor. Quem já passou dos 25 anos lembra como o acesso à informação e consequentemente a educação era limitada. As referências bibliográficas de trabalhos e projetos acadêmicos se limitavam as enciclopédias e dicionários. Poucos estudantes (e professores) obtinham acesso a livros específicos do tema estudado.
Em nosso país, livros são caros. As fontes de pesquisa se limitavam a idas às bibliotecas, todas bibliotecas, pois era preciso percorrer a cidade através de informação.
        A internet possibilita conseguirmos acesso com apenas um click.
É com um click, que pode facilitar o estudo e a aprendizagem do aluno como por exemplo a utilização de blogs educativos, que usam boas escritas, linguagem e imagens e informações adequadas aos estudante, ou seja utilizado recursos audiovisuais que possam chamar a atenção do jovem pra aquele momento tão valioso o estudo.Mas contudo,este click deve ser peneirado, existe excesso de informação disponível na rede, informações estas que, para ter qualidade, precisam ser filtradas.
        Entra a importância da educação no ambiente virtual: o jovem precisa de amparo do seu tutor para saber escolher o que utilizar na rede, o professor precisa estar capacitado para adentrar neste universo, acompanhando e auxiliando seus alunos.Assim deve analisar o contéudo e o blog em si para poder sugerir e trabalhar com esse aluno nesse tipo de ambiente e a partir daí, também possibilitar o aluno de produzir o seu.Mas algumas características são importantes de serem observadas em um blog que será usado em um contexto educacional.
        Diante disso, fizemos uma análise do blog "Dúvida Metódica" com o intuito de observar essa possibilidade de utilização para a educação.Apesar de não ser atrativo visualmente, tem uma aparência bastante séria para um site dedicado ao compartilhamento de materiais voltados para o estudo e para o ensino da Filosofia no ensino médio.Por trabalhar com alunos desta faixa etária, o design poderia ser mais leve e agradável. Apesar disto, o ambiente pesquisado foi de fácil navegação e as informações nele disponibilizadas se mostraram extremamente claras e objetivas. Ou seja, o layout da página não é de agradar os olhos, em um primeiro momento (visto com olhos pré-conceituosos) aparenta ter um conteúdo desinteressante, pois nem o design, nem a escolha de cores, nem a disposição dos conteúdos são interessantes.
        O site não apresenta possibilidade de correção do conteúdo publicado, nem tampouco possibilidade de inclusão de novos elementos. As informações nele contidas são claras e objetivas e possui facilidade para leitura da tela. Aparenta uso de ilustrações, de cores, de animação e imagens um pouco limitado, contudo de maneira positiva, sendo que vídeos e recursos sonoros não foram encontrados. Na página inicial, para acessar o conteúdo disponível, existe integração do programa com um link para outro domínio do mesmo site. Tanto na página inicial, quanto nas " linkadas " existe espaço para comentários de leitores. Existe a integração do programa com outros recusros e os espaços para interação estão dispnibilizados no ambiente de maneira acessível.
        O Dúvida Metódica é atualizado com frequência e não é perceptível a presença de erros. A proposta do blog como recurso educacional dedicado ao ensino da Filosofia possui temas diversos, bem escolhidos para o aprofundamento em diversos campos onde a Filosofia atua, bem adequados ao ensino desta disciplina a alunos do ensino médio, com linguagem acessivel a este público. Não foram detectados erros de conteúdo.Ná página principal, no canto esquerdo é possível ler o objetivo do uso do Blog como recurso educacional:


"O objectivo deste blogue é partilhar ideias e materiais com alunos, professores e outros eventuais interessados. Ideias e materiais úteis para o estudo e para o ensino da Filosofia no ensino secundário.
A filosofia para muitos jovens é considerada uma matéria chata como eles mesmo dizem, mas o blog utiliza a matéria elaborando textos, imagens que chamam a atenção dos estudantes. Mas para que esse processo aconteça, o blog utiliza métodos que facilitam o entendimento e a aprendizagem dessa disciplina para o estudante.
O blogue constitui também um instrumento de trabalho que os autores e os seus alunos utilizam, em casa e nas aulas, como complemento dos Manuais adoptados na escola.
Mais raramente, também poderá surgir uma ou outra opinião sobre o estado a que isto chegou.
Críticas e sugestões são bem-vindas."
http://duvida-metodica.blogspot.com/

        Nos textos apresentados, foram abordado algumas questões filosóficas, bem adequadas às necessidades curriculares escolares. E a linguagem está adequada aos usuários, assim como o vocabulário,porém contem alguns erros ortográficos.Esta atividade é muito importante para a formação de futuros pedagogos/professores, porque aponta para a necessidade do profissional da educação fazer uma análise aprofundada dos sites educacionais existentes, neste caso, os Blogs.
        Através desta atividade, é possível levantar critérios para avaliação dos recursos educacionais disponíveis nos Blogs dedicados a temas relativos à Educação. É importante, como futuros pedagogos/professores, estarmos atentos para a existência destes recursos para a Educação.
        Nos dias atuais, não tem como negligenciar a existência dos recursos digitais no campo educacional. Apesar de muitos educadores e futuros educadores ainda resistirem ao uso da tecnologia digital, devemos ter em mente que a geração atual é uma geração digital e como tal, mergulhada no universo online.
        Portanto, nada melhor do que podermos lançar mão de tais recursos para executarmos um trabalho educacional de qualidade, baseado na integração e troca dos conhecimentos. E para tal, devemos conhecer os recursos educacionais existentes e principalmente, termos condições de avaliá-los.Por isso, esta atividade nos dá dicas interessantes de como avaliar Blogs pedagógicos ou relacionados a este tema, no sentido de observarmos aspectos estéticos, técnicos e pedagógicos: se os mesmos atingem o objetivo real deste recurso, que é o de fornecer informações específicas no campo educacional.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

"Livros para crianças" por Cecília Meireles


Um livro de Literatura Infantil é, antes de mais nada, uma obra literária. Nem se deveria consentir que as crianças freqüentassem obras insignificantes, para não perderem tempo e prejudicarem seu gosto. (Cecília Meireles In: Problemas da Literatura Infantil, 1951).


Cecília Meireles (1901-1964) - poetisa, educadora, jornalista, cronista, tradutora, dentre outras denominações e habilidades profissionais – ao longo de sua vida também se dedicou à Literatura Infantil, seja na qualidade de escritora de livros para o público infanto-juvenil, seja por meio da assídua atividade como pesquisadora da temática[1].
Como autora de livros para crianças, Cecília Meireles publicou várias obras que se fizeram presente, e ainda se fazem, no universo educativo; destacando-se: Criança meu amor (1924); A festa das letras (1937); Rute e Alberto resolveram ser turistas (1939); Rui: pequena história de uma grande vida (1949); Olhinhos de gato (1939-1940/Revista Ocidente/Portugal – 1980/Brasil) e Ou isto ou aquilo (1964) - dentre outras não menos significativas e adaptadas ao leitor infanto-juvenil.
Para Cecília a atividade de escrever ao leitor criança exigia do escritor duas qualidades específicas: “ciência e arte”. Para tanto, são necessárias competências técnicas e conhecimentos concisos sobre o universo da criança e os mistérios da infância. Atenta a esses parâmetros, a poetisa-educadora dedicara-se, também, à tarefa de teorizar sobre a literatura infantil, apresentando nas chamadas “crônicas de educação[2]”, publicadas nos anos de 1930, no jornal Diário de Notícias, os fundamentos básicos do que, para a escritora, se constituía um “bom livro” de literatura infantil


           LIVROS PARA CRIANÇAS POR CECÍLIA MEIRELES[3]:
 Escrever para crianças tem de ser uma ciência e uma arte, ao mesmo tempo. Mas, desgraçadamente, entre nós, vem sendo, desde muito, uma indústria. Para o comprovar, é bastante percorrer com olhos de educador esses horríveis livros cartonados que por aí existem, muitos dos quais, embora eliminados na última seleção feita pela administração, ou adotados com restrições, continuam, inexplicavelmente, a atormentar com o seu peso inútil a pasta dos alunos das nossas escolas.
Escrever para crianças tem de ser uma ciência, porque é necessário conhecer as íntimas condições dessas pequenas vidas, o seu funcionamento, as suas características, as suas possibilidades – e todo o infinito que essas palavras comportam - para escolher, distribuir, graduar, apresentar o assunto.
Tem de ser uma arte porque, ainda atendendo a tudo isso, se não estivermos diante de alguém que tenha o dom de fazer de uma pequena e delicada coisa uma completa obra de arte, não possuiremos o livro adequado ao leitor a que se destina.
Esta segunda condição - que pressupõe o artista – é ainda mais indispensável que a primeira – que requer o técnico.
O artista é uma criatura que se distingue das outras pela sua intuição, pela sua sensibilidade e pelo seu poder de criar de acordo com a vibração especial que lhe transmite cada ambiente. Por isso mesmo, há neles como uma faculdade divinatória, que os faz pressentir acontecimentos e épocas. Eles são, também, capazes de escrever para crianças, embora ignorando as verdades que sobre elas vem fixando a ciência: orientados, apenas, pela delicadeza do seu tato espiritual, e pelo desejo superior de um convívio íntimo com a alma infantil. Modernamente, aliás, se está verificando a enorme similitude psicológica da criança com o artista, quer nas vivências subjetivas, quer nas realizações objetivas.
Ora, se há, também, coisa fácil de ser verificada é que nós não temos escritores, escritores-feitos, escritores-consagrados pelo senso das gerações que vêm, e que ainda não estejam contaminados nem pelo preito aos ‘medalhões’, nem lisonja aos cabotinos, - não temos escritores que de dediquem a fazer livros infantis, como os faz um Mukerjee, na Índia, e uma Selma, na Suécia, por exemplo.
Muita gente se aventura a essa literatura por julgá-la ‘fácil’... Saem esses livros hediondos em que sempre há um sino batendo as ‘aves marias’, numa paisagem piedosa, ou um gato pulando numa panela, ou um menino amarrando um rabo no paletó do tio.
Mas, há também quem suponha que, com boas intenções de pregar moral, será capaz de resolver o problema do livro infantil.
Não sei qual dos casos é o pior. E por que essas e outras coisas é que J. J. Rousseau e Bernard Shaw são de opinião que não há maior tragédia para a criança do que aprender a ler. É um caminho aberto a todas as tolices dos maus livros.
Como tudo é possível, talvez me esteja lendo alguém. E pode acontecer ser algum autor ou aficionado desses livrinhos sentenciosos, que ensinam que “quem faz o bem é recompensado”, que “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”, que “um dia é o dia da caça, outro do caçador”, e assim por diante. E essa pessoa, se existir, vai ficar escandalizada quando eu escrever agora que a moral é suscetível de variação, - essa moral, está claro, que anda assim à tona nos provérbios e que, afinal de contas, a de uso generalizado...
Pois eu digo isso. E, como é meu costume, vou logo provando por que o faço: porque quem faz o bem para ser recompensado é egoísta; quem prefere um pássaro na mão a dois, ou mesmo a um, voando é interesseiro, e quem pensa que “um dia é da caça e outro é do caçador” tem, pelo menos, tendências à vingança...
Há muitas coisas bonitas para dizer à criança, sem entrar nesse dogmatismo decrépito e ridículo.
E pode fazer-se moral positiva, sem esse contraste de uso retórico.
Conhece-se o caso de uma menina que, um dia, perguntou ao tio, autor fecundo de livros infantis:
– Por que você não escreve histórias ‘amorais’, hein?
Depois do natural silêncio, a pequena explicou que se referia a histórias que não tivessem um fecho assim: Moralidade: os desobedientes sempre são castigados, ou qualquer outro jaez.
Não. Escrever para crianças é, ao mesmo tempo, difícil e fácil. É, como um dia ouvi dizer: o ovo de Colombo. O difícil é a gente ser Colombo. Ser, de fato. Não, apenas, pensar que é...

Notas:
[1] Cecília Meireles, além dos vários artigos publicados em jornais brasileiros nos anos de 1930 e 1940, deixa como patrimônio cultural e científico o livro Problemas da Literatura infantil (1951); obra que se constitui fonte bibliográfica, dir-se-ia leitura obrigatória, para aqueles que enveredam na compreensão do gênero infantil.
[2] As crônicas de educação escritas por Cecília Meireles nos Jornais cariocas “Diário de Notícias” e “A Manhã”, nos anos de 1930-1940, foram republicadas, em 2001, em uma antologia intitulada: Obra em prosa: crônicas de educação; que reúne os textos em 5 (cinco) volumes através de núcleos temáticos sob o planejamento editorial de Leodegário A. de Azevedo Filho.
[3] MEIRELES, Cecília. Livros para crianças. Rio de Janeiro, Diário de Notícias, 9 de novembro de 1930. In: _____. MEIRELES, Cecília. Obra em prosa: Crônicas de educação, v. 4, 2001, pp.121-123.

Bibliografia recomendada:

MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. Ilust. Thais Linhares. 6 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
_________. Obra em prosa: crônicas de educação. Rio de janeiro: Nova Fronteira: Biblioteca Nacional, 2001, Vol(s) 1, 2, 3, 4 e 5.
_________. Obra poética. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1987.
_________. Problemas da literatura infantil. 3 ed. São Paulo: Summus, 1984.
_________. Criança meu amor. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977.
MEIRELES, Cecília; CASTRO, Josué de. A festa das letras. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 1996.

Fonte: http://novidadesevelharias-fernandeshercilia.blogspot.com/2008/04/crnica-livros-para-crianas-por-ceclia.html


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Educação Infantil

Educação Infantil
MEC defende brincadeiras em toda a educação infantil
GABRIELA ROMEU
DE SÃO PAULO
Folha de S.Paulo

A coordenadora de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, Rita de Cássia Coelho, fala à Folha sobre a importância da brincadeira nos primeiros anos escolares.

Professor americano defende uma nova sociologia da infância.

FOLHA:
 Qual a ênfase que o documento 'Diretrizes Nacionais da Educação Infantil' dá à importância do brincar na educação infantil? É suficiente?

COELHO: As novas diretrizes da educação infantil dão à brincadeira um papel estruturante. Elas determinam que o currículo da educação infantil deve ser estruturado a partir de dois eixos: interações e brincadeiras.

De acordo com as diretrizes, a brincadeira tem uma função importante que estimula a imaginação da criança. Por meio do brincar é que a criança vai significar e ressignificar o real, tornar-se sujeito e partícipe. Ao brincar, as crianças exploram e refletem sobre a realidade e a cultura na qual vivem, incorporando-se e, ao mesmo tempo, questionando regras, papéis sociais e recriando cultura. Nos jogos de faz de conta, por exemplo, a criança recria situações que fazem parte de seu cotidiano, trazendo personagens e ações que fazem parte de suas observações. As brincadeiras são repletas de hábitos, valores e conhecimentos do grupo social ao qual pertence. Por isso dizemos que a brincadeira é histórica e socialmente construída.

Brincar implica troca com o outro, trata-se de uma aprendizagem social. Nesse sentido, a presença do professor é fundamental, pois será ele quem vai mediar as relações, favorecer as trocas e parcerias, promover a integração, planejar e organizar ambientes instigantes para que as brincadeiras aconteçam.

O professor precisa refletir sobre a importância e o papel das brincadeiras no seu trabalho. E deve fazer de todas as atividades de educar e cuidar um brincar: no banho, nas trocas, na alimentação, na escovação dos dentes, na "contação" de histórias, no cantar, no relacionar. Brincar dá à criança oportunidade para imitar o conhecido e construir o novo.

Portanto, do ponto de vista de diretrizes é suficiente, importante e decisivo o que dizem sobre brincadeira. O desafio é como concretizar isso.

Diante de um tema tão importante nos anos iniciais, o MEC planeja desenvolver uma ação diferenciada ou uma pesquisa?

O Brasil tem vários grupos de pesquisadores que se dedicam a essa questão e eles apontam evidências sobre a importância do brincar. O Ministério da Educação dá providências para implementar uma compra governamental de brinquedos, entendidos como materiais pedagógicos da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental.

O que queremos com isso é dar uma identidade à educação infantil e aos anos iniciais do ensino fundamental coerente com as características desta faixa etária e com as necessidades das crianças.

Como avalia o tempo e o espaço dedicados ao brincar?

Na educação infantil todo tempo deveria ser de brincadeira. O brincar não é só uma atividade, mas uma forma de estabelecer relações, de produzir conhecimento e construir explicações. Então, na verdade, não deveria existir tempo de brincar pois na educação infantil a brincadeira deve ser contínua.

A questão do espaço é um dos grandes desafios, pois na educação infantil eles são precários, principalmente nos grandes centros urbanos em que a disponibilidade é limitada. O espaço muitas vezes é insuficiente não só para a brincadeira, mas até para o conforto das crianças. É preciso pensar em como melhorar a qualidade dos espaços. O interessante é que com o brincar, as crianças conseguem transformar os espaços. Por isso é importante a escola potencializar outros espaços disponíveis como as áreas externas, no entorno do prédio escolar.

O Ministério da Educação oferece assistência financeira aos municípios e ao Distrito Federal para construção, reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas da educação infantil, por meio do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância).

Iniciado em 2007, o programa formalizou até agora 2.348 creches em 2.151 municípios. Incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), prevê o repasse de recursos para a construção de 1.500 escolas em 2011.


Folha de S.Paulo - Edição de 28/03/2011


Letícia Alves
Aluna de Pedagogia/UFJF

domingo, 6 de novembro de 2011

Literatura infantil: Fábulas de Isopo O Pastor e o Lobo.

Um pastor de ovelhas achava a vida muito monótona. Por isso, inventava de tudo para se distrair. A sua diversão favorita era fingir que estava em apuros.

- Um lobo! Socorro! Socorro! - costumava gritar aos quatro ventos.
Quando as pessoas do povoado vinham em seu socorro, encontravam-no perfeitamente seguro, rindo a valer.

Um dia apareceu um lobo de verdade na frente do pastor. Desesperado, ele começou a gritar como sempre fazia:

- Um lobo! Socorro! Socorro!

Desta vez ninguém veio socorrê-lo, e o pastor teve de se esconder em cima de uma moita de espinhos, enquanto o lobo devorava todas as suas ovelhas.


Moral: Quando os mentirosos falam a verdade, ninguém acredita.

Autor: Esopo

Por: Márcio Luiz Domingues
Aluno de Pedagogia/ UFJF

Educar com amor: uma maneira ousada de ser educador.

Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade.”    
                                                                                                                  Paulo Freire 


Nos dias atuais, onde a força do sistema capitalista tira do ser humano sua maior dignidade, que é sua realização como um ser completo, através do seu trabalho, uma proposta como esta de educar com amor é mesmo uma ousadia. Sabemos que o trabalho e a educação são atividades específicas do ser humano. Como afirma  Saviani “apenas o ser humano trabalha e educa”. Neste caso, como profissionais da área de educação, vislumbramos nesta profissão, nossa realização como pessoas humanas a partir do nosso trabalho como educadores. Entretanto, dentro de uma sociedade onde a força do trabalho é baseada no critério da exploração, de forma que os indivíduos são forçados a vender esta força a uma classe dominante e, a partir daí, a maioria esmagadora da humanidade vai entregando-se ao desanimo, alienando-se cada vez da sua verdadeira identidade.
Como educadores, somos convidados a usar de nossa força de trabalho de maneira diferente. Partindo de uma visão humanista, voltada para a educação, somos convidados a entendermos que as pessoas são únicas e possuem, cada uma, individualidade própria. O educador que trabalha com uma pedagogia humanista, vai buscar dar ao aluno o estímulo do aprendizado, respeitando a particularidade de cada um, estimulando o desenvolvimento do estudante como pessoa, dentro da sociedade.
Dentro desta idéia, a proposta de uma educação com amor, torna-se  possível. Em primeiro lugar, vamos saber usar nossa força de trabalho como fonte de crescimento pessoal, não cedendo às pressões da sociedade capitalista em que vivemos. Não vamos vender um dos atributos mais importantes que temos, mas vamos fazer uso do mesmo para moldarmos nossa existência de maneira consciente e libertária. Em segundo lugar, a partir do respeito à nossa vida e à vida dos demais, vamos exercer um trabalho objetivando a integração dos alunos, professores, escola e sociedade em geral, sempre em busca de um equilíbrio satisfatório, preservando e valorizando as diferenças e individualidades de cada ser humano.



Márcio Luiz Domingues
Aluno de Pedagogia/UFJF

sábado, 5 de novembro de 2011

A valorização da cultura brasileira na educação infantil

                                                          













Jongo 


"Com licença do curiandamba
Com licença do curiacuca
Com licença do sinhô moço
Com licença do dono de terra."






  Bumba-meu-Boi


"O meu boi morreu 
O que será de mim?
Manda comprar outro, ó maninha
Lá no Piauí"

                                                                                                          
  
Êh-boi, Êh-boi, Êh-boi...
                                                               Ao sair da lua,
                                                               Meu boi vai-se embora,
                                                               Sem fazer barulho,
                                                               Noite fora d'hora..

                                                               Êh bumba-Meu boi

                                                               Êh bumba-Meu boi
                                                               Êh bumba-Meu boi-bumbá

                                                               O meu boi já diz adeus!

                                                               Amanhã ele vai morrer

                                                               Êh bumba-Meu boi

                                                               Êh bumba-Meu boi
                                                               Êh bumba-Meu boi-bumbá                          





                                                                                             Maíra Saporetti Cavalho          
     
A infância é uma fase da vida em que mente e corpo estão abertos a todo tipo de aprendizado, a criança é mais sensível as sensações e emoções. Nesse aprendizado a arte como atividade atravessada de um fazer pedagógico, possibilita um trabalho significativo de valorização da cultura popular brasileira por meio de ações voltadas para a criança, nas quais as brincadeiras de roda e de dança, com contação de histórias tradicionais e confecção de instrumentos torna possível avivar nas crianças significados e possibilidades das coisas simples, “em oposição as relações que estabelecem mediadas pela lógica e pela interferência do mercado de consumo.” (PELIZZONI, 2007, p.08)
Esse mercado de consumo que implanta uma cultura universal, que é a dele, destruindo os mecanismos sociais que relacionam as experiências pessoais atuais com as gerações passadas, caindo essas tradições populares no esquecimento. Assim a escola deve reconhecer isto como algo legítimo e trabalhar ao longo de sua jornada com toda essa cultura e não somente nas datas comemorativas do calendário, mas no decorrer do tempo. Pois com a globalização se a escola não se preocupar com este patrimônio histórico, às vezes a criança não a conhecerá em outro ambiente e se sim muito superficialmente, fadando essa cultura temporalmente à desmemória, como por exemplo, os folguedos: bumba-meu-boi, congada, dança do coco, siriri, entre outras.
Esse resgate das tradições de nosso país, pode acontecer desde a educação infantil baseado na compreensão e no respeito do ser criança, um meio para isso é nas brincadeiras de roda com as cantigas populares, contos tradicionais e danças típicas, aonde dentro de tudo isso se diz muito sobre a vida daquele povo, seu tempo, suas histórias e seus costumes. Nessas brincadeiras a criança vivencia e experiencia aquela cultura de uma forma lúdica e prazerosa.
Assim cabe a professor e a o conjunto escolar mediar esse conhecimento a criança, a fim da criança ir aos poucos se apropriando dessa cultura que é intrínseca a história brasileira como um todo, trazendo para si como parte inerente dela .
Portanto, o professor tem a oportunidade de ressignificar o seu trabalho com as rodas e danças a fim de proporcionar a criança experiências de seus antepassados, para que possamos conservar este bem imaterial tão bonito e precioso, que é a identidade de nosso povo.

Referência Biliográfica:

PELIZZONI, Marques Gisela.Jogando as cinco pedrinhas:história,memória,cultura popular,infância e escola. 2007.Dissertação de Mestrado/UFJF

ABORDAGEM HUMANISTA NA PEDAGOGIA

TENDÊNCIAS ANTI-AUTORITÁRIAS
(Leila Miana, Letícia Alves, Maíra Saporetti, Simone Silva)

Existem três grupos de entendimento da educação na sociedade: educação como redenção, educação como reprodução e educação como transformação.
As tendências anti-autoritárias, se enquadram na ideologia de que a educação possui caráter transformador na sociedade e surgem de movimentos em oposição à escolas tradicionais.
As teorias anti-autoritárias recusam o exercício de poder e voltam-se para uma educação em liberdade e para a liberdade.
 A pedagogia de caráter humanitário espera que a escola exerça uma transformação na personalidade dos alunos, num sentido libertário e auto-gestionário, ou seja, a função da instituição escola é de estimular a busca pelo aprendizado em seus alunos.
O método de ensino utilizado pelas Pedagogias Libertárias, portanto, acontece na vivência grupal, onde alunos e professores convivem em equilíbrio, preservando e valorizando as diferenças e individualidades do ser.
Os conteúdos e as matérias que podem ser transmitidas no ambiente escolar são colocadas à disposição do aluno sem que exista a obrigação de cursá-las, porque o que realmente é importante para estas linhas de pedagogia é o conhecimento que resulta das experiências vividas pelo grupo envolvido.

A pedagogia libertária considera desde o início a ineficácia e a nocividade de todos os métodos à base de obrigações e ameaças. Nesse sentido, o professor deve se por a serviço do aluno sem impor suas concepções e idéias, sem fazer do aluno um "objeto", ele deve se misturar ao grupo para uma reflexão em comum.
Toda essa liberdade de decisão tem um sentido bem claro. Se um aluno resolve não participar, o faz porque não se sente integrado, mas o grupo tem responsabilidade sobre esse fato e tem que colocar a questão em discussão. O critério de relevância do saber é seu possível uso prático. Por isso mesmo não faz sentido qualquer tentativa de avaliação da aprendizagem, ao menos não em termos de conteúdo. (Wikipedia)

As tendências pedagógicas aqui tratadas abrangem quase todas as tendência anti-autoritárias em educação, dentre elas a anarquista, a psicanalista, a dos sociólogos e também a dos professores progressistas, são elas:

·                     Teoria anarquista ou libertária (sociológica)
Representantes: Freinet, Bakunin, Ferrer, (Brasil-Tragtenberg, José Oiticica e Silvio Gallo).
Um dos principais objetivos da pedagogia libertária é preparar os indivíduos para a vivência plena da liberdade. Para isso, desenvolve a autonomia, a responsabilidade, o respeito, a solidariedade, a cooperação e a criatividade nos educandos. Assim, além de estabelecer novas formas de relações interpessoais, é também um instrumento de luta para a superação das condições de exploração que sustentam nossa sociedade. Para essa teoria a educação mostra os limites da escola como instituição disciplinadora e burocrática e as possibilidades da autogestão pedagógica como iniciação à autogestão social. A burocracia escolar é poder, repressão e controle.

·                     Teoria Institucional (sociológica)
Representantes: Lobrot
Estende o conceito de instituição a partir do caráter dinâmico de qualquer agrupamento humano, destaque para o sentido de organização instituinte, capaz de revelar as contradições do processo de se fazer, vencer a inércia do instituído, a fim de criar o novo. Essa visão ultrapassa a dimensão de indivíduo, buscando uma análise “de campo” influenciado pela sociologia. As clássicas tarefas do professor passam à responsabilidade do grupo, porque a noção de autogestão supõe a atividade instituinte dos alunos. Critica severamente a burocracia, típica expressão do poder, que instaura a hierarquia, “coisifica” as pessoas e cristaliza toda ação.

·                     Teoria não-diretiva (psicológica)
Representantes: Neill, Rogers
Consideram-se os enfoques encontrados predominantemente no sujeito. O ensino centrado no aluno, centrada no desenvolvimento da personalidade do indivíduo, em seus processos de construção e organização pessoal da realidade. A autenticidade será a principal ferramenta do educador que conduzirá o aluno à aprendizagem significava. ensinar é mais que transmitir conhecimento – é despertar a curiosidade, é instigar o desejo de ir além do conhecido. É desafiar a pessoa a confiar em si mesmo e dar um novo passo em busca de mais. É educar para a vida e para novos relacionamentos.
O professor passa a ser considerado um facilitador da aprendizagem, não mais aquele que transmite conhecimento, e sim aquele que auxilia os educandos a aprender a viver como indivíduos em processo de transformação. O educando é instado, forçado a buscar o seu próprio conhecimento, consciente de sua constante transformação. O que um facilitador ensina aos educandos é buscar o seu próprio conhecimento, para tornar-se independente e produtor de seu próprio processo cognitivo. Para ser um bom facilitador é preciso ter ou desenvolver algumas qualificações: autenticidade, o apreço, a aceitação e confiança, compreensão empática, que ocorre quando o facilitador deixa o julgamento de lado e compreende o educando, tornando a aprendizagem significativa.
Tanto Rogers quanto Neill tiveram como diferencial em seu pensamento a idéia de que a criança não aprende sobre pressão ou medo, o ser humano é curioso por natureza, então para saciar esta necessidade vai em busca do conhecimento, procura respostas para suas dúvidas cotidianas, aprende através da experimentação. Estes pensadores concordam que uma educação que possa resultar em uma experimentação negativa, frustante está fadada ao fracasso, entretanto uma educação livre demais, satisfatória por excesso também está destinada ao mesmo fim.
A escola deve servir de exemplo para as relações externas aquele ambiente, proporcionando ao ser humano um desenvolvimento integral e autoconsciente.
Modelo de aplicação da Pedagogia Anti-autoritária:

ABORDAGEM
HUMANISTA
Carecteristicas Gerais
“Ensino centrado no aluno”
A criança se desenvolve sem a influencia do aluno, ela se auto conhece e o professor é um guia auxiliador.

Homem
O homem sabe que é um projeto permanente e inacabado. O aprendizado vem da experimentação.

Mundo
A concepção de mundo é relativa, cada homem enxerga o mundo baseado em suas experiencias pessoais.

Sociedade-Cultura
Rogers ao contrario de Skinner, acredita que a única autoridade necessária é estabelecer qualidade de relacionamento interpessoal.

Conhecimento
Ao experimentar, o homem conhece. A curiosidade é natural ao homem, ele busca seu proprio conhecimento.

Educação
O ensino está centrado no aluno e em sua propria capacidade de absorção deste conhecimento. Tudo que estiver a serviço do crescimento pessoal, interpessoal e intergrupal é educação.

Escola
Oferece condições que possibilitem a autonomia do aluno, onde as leis são estabelecidas por um parlamento escolar.

Ensino-aprendizagem
O ensino centrado na pessoa implica tecnicas de dirigir sem dirigir. Dirigir a pessoa a sua propria experiencia para se estruturar e agir.

Professor-aluno
O professor não precisa obter competencias e conhecimentos, se desenvolvem em relaçao as concepções de si proprio e não decorrente de um curriculo que lhe é imposto.

Metodologia
Não se enfatiza técnica ou método para se facilitar a aprendizagem. Os recursos transformam os alunos em receptáculos de informações, desta forma, privilegiando a dimensão cognitiva em detrimento da emocional.

Avaliação
O humanismo defende que o aluno se auto-avalie, pois só o individuo pode conhecer realmente a sua experiencia.