quarta-feira, 9 de novembro de 2011

WIKI - Grupo 07

O Suspense no Corredor

 
Depois de tudo aparentemente resolvido, decidi ligar para minha amiga Maria. Tinha certeza que falando com ela, me sentiria mais aliviado. Desabafar agora seria vital. Peguei o telefone e digitei o número dela, torcendo para que atendesse logo:
- Alô! Bom dia!
Respirei aliviado, ela atendeu!
- Bom dia amiga, sou eu! Você não imagina o que me aconteceu agora pela manhã, estou em pânico! Preciso muito, mas muito contar a você, senão vou estourar de tanto nervoso! Tem um tempo aí para me ouvir?
- Claro, claro...Mas me diz, o que aconteceu que deixou você assim neste apavoramento todo?
Comecei a explicar todo desenrolar da trama que terminou por me apavorar tanto. Falei por tanto tempo e por tanto tempo só. Eu não tinha mais respostas. Do outro lado da linha um silêncio total. Minha amiga não mais respondia, o que será que tinha acontecido com ela?
Gritei seu nome em vão, nada modificava a reação do outro lado da linha. Desliguei o telefone e tornei a ligar para sua casa. Ninguém atendeu.
Meu Deus, o que faço agora? Será que está acontecendo com ela o mesmo que se passou comigo? Preciso ir lá! Mas e se for pior, e se for uma armadilha?
Fiquei ali paralisado, sem saber o que fazer. No fundo, tinha esperança de que ela ligaria. Mas nada, siêncio total. Minha cabeça flutuava em mil e um pensamentos. Aquela cena bem na porta da minha casa naquela manhã, não parava de vir em minha mente como um turbilhão. Uma manhã, como qualquer outra, que parecia ser de um dia normal como todos os outros, me trazia uma experiência daquela!
E minha amiga? Por que não ligou mais? Será que ela suspeitou algo de mim? Preciso ligar então...Tenho que ligar!
Será que ela desconfiava das minhas palavras e não queria se envolver? Ou será que ela conspirava contra mim também?
Fiquei tão confuso e estático, como se estivesse aprisionado em uma camisa de força. Precisava fazer algo! Comecei a analisar os dias que passaram e, em especial, aquele dia, atrás de pistas que pudessem me ajudar a resolver aquele enigma.
- Se for uma armação, com certeza descobrirei! Afinal, sou o melhor do ramo, ninguém ousaria brincar comigo assim.
Respirei fundo e refiz meus passos mentalmente. Naquela manha fria tudo aconteceu normalmente, meus afazeres cotidianos não estavam diferenciados: ao abrir os olhos, olhei para o relógio na cabeceira que marcava o mesmo horário de todos os dias. Levantei e fui ao banheiro escovar os dentes e lavar o rosto. A campainha tocou e fui atender, foi quando meu mundo caiu.
Nunca esperei me deparar com uma cena daquela na porta da minha casa. Olhei no corredor e não havia mais ninguém. Quem me deixou aquele "presente" e saiu às pressas? E quem era aquela pessoa? Porque fizeram aquilo com seu rosto?
Liguei para a polícia e relatei o caso. Como sou fornecedor antigo de pistas e suspeitos, a viatura chegou em meu prédio em questão de minutos. Fizeram seu trabalho, algumas perguntas e se foram.
Meu Deus!!!! Será que aquele corpo é de alguém que conheço? Chequei o celular e vi que enquanto dormia, minha amiga Maria tentou me ligar na madrugada. Será que a minha amiga sabe de algo? O medo me proporcionou coragem: vou ligar agora para ela! Atendeu e de repente ficou mudo do outro lado da linha, assim eufórico, liguei novamente...
Nada, ninguém atende do outro lado da linha, vou até a casa dela agora mesmo!!!
Peguei o carro e saí disparado para a casa dela e quando fui me aproximando, notei que as pessoas ao redor transpareciam medo e terror em seus olhos. Será que era na casa da minha amiga? Pisei fundo no acelerador, mas com receio de uma surpresa inesperada.
Parei em uma rua paralela, peguei meu celular e liguei para Maria. Meu coração disparava a cada toque de chamada, esperando que ela atendesse. Mas nada, ela não atendeu. Então, resolvi ligar para uma amiga em comum, que morava no mesmo prédio que Maria e pedi a ela que procurasse saber o que de fato aconteceu com nossa amiga:
- Alô, Lisa Cristina ! Aqui quem fala é André. Tudo bem?
- Ah! Olá André, como vai?
- Nossa, Lisa Cristina estou aqui, quase em frente do seu prédio, tentando ligar para a casa da Maria, para o celular dela, mas nada! Este movimento aí na rua, em frente de sua casa, você sabe o que é?
- Sinceramente, ainda não. Morro de medo de me envolver em confusão, por isso nem cheguei perto da janela. Só sei que está um sobe-desce aqui no andar que moro e tem muita gente entrando e saindo. Agora, parece que a confusão se resumiu na rua.
-Você faria um favor para mim, Lisa Cristina? Teria como você dar um pulinho no apartamento da Maria, ver se ela está em casa, talvez apavorada também, medo de violência, estas coisas...Eu retorno a ligação daqui uns cinco a dez minutos.
- Ok, deixa que vou lá.
Logo após liguei e obtive a resposta de que a vizinha não encontrou minha amiga.
- Na verdade, eu não tive coragem de ir lá. Estou eu mesma apavorada, com muito medo mesmo. Desculpe não poder ajudá-lo. - O que será que aconteceu?
-Eu acho que ela talvez tenha saído, porque faz pouco tempo que liguei e ela atendeu em casa o telefone. Mas ao mesmo tempo, fico imaginando como conseguiu sair, em meio a tanta confusão!
- Ah! André espera! Bateram na porta...
- Espere um minuto.
- Melhor eu voltar para casa, Lisa ligo para você quando chegar lá. Já estou cansado, confuso com tudo isso. Mas de qualquer maneira, devo voltar ainda hoje aí. Um abraço.

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